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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Duke Street


Eu aaaaaaaaaaaaaaaaaaamo Balmain! Gente, acabo de chegar de uma caminhada pelo bairro e a cada dia que passa eu me apaixono mais e mais por esse lugar! Eu não fazia idéia, quando nos mudamos, do quanto aqui é sensacional! Hoje, bem por acaso, eu descobri um canto especial, Duke Street, a poucos metros de casa. Toda vez que eu saio pra caminhar, acabo subindo a Darling Street inteira, que é a rua principal. Eu adoro o movimento das pessoas fazendo compras e dos cachorros sendo passeados e das mães nos cafés com seus filhotes nos carrinhos. Hoje não foi diferente. Subi a rua inteira e sapeei pelas livrarias. Tomei um café gelado do Bertoni (esse café foi votado o melhor de Sydney na revista Time Out) e é de uma família de italianos. Adoro passar na frente e ver o movimento (sempre lotado), às vezes até com fila! Ah, uma coisa interessante é que esse café tem poucas mesas e várias caixas de plástico vermelhas (tipo engradado de refrigerante, pra quem se lembra disso) para as pessoas sentarem. Faz parte do charme do local, executivos de terno, mulheres de vestido e salto alto, gente de roupa de ginástica, todo mundo tomando café no caixote vermelho (uma versão mais moderninha do Bar do Caixote, de BH). E a Duke Street? Eu chego lá! Pois então, na volta da minha caminhada, resolvi me adentrar pelas ruas laterais, interessada que eu fiquei em ver um prédio, que parecia uma enorme escola. Nao era escola, era um prédio de apartamentos contruído, ao que parece, onde antigamente havia um edifício comercial, possivelmente uma fabrica da COLGATE, PALMOLIVE. Isso aí, o nome das marcas continua pintado em letras garrafais bem no alto. E esse prédio fica na beira da água, com vista para uma movimentada baía. Segunda surpresa: eu nem sabia que estava tão perto da água nesse lado da Darling Street! E quando fui chegando mais perto, vi uma micro-prainha (não serve para nadar ou tomar sol, mas tem areia e ondinhas). Resolvi atravessar a prainha, de jeans e botas, passando por debaixo de um pier e caindo em um "pequenolindo" parque. Delícia! Todo bem cuidado, com grama aparadinha e escultura (uma antiga hélice de navio), algumas crianças brincando na hélice e donos exercitando seus cachorros. Pois foi na continuação desse parque, seguindo pela beira da água que eu descobri a Duke Street. Antes de ver a rua, eu vi os fundos cas casas que estão nela. Gente, gente, nada de muro, nada de cerca elétrica, nada de privacidade, hahaha. Tudo abertão! Praticamente entrei nas salas de capa de revista, nas piscinas impecáveis e nas cozinhas gourmets dessas luxuosas casas com fundos para a baía. Esclareca-se aqui que as casas são relativamente pequenas e, muitas delas, nem garagem tem. Mas Balmain é assim mesmo, o que conta aqui é o estilo de vida, o luxo de combinar antiguidades com modernidades, de estar a um passo dos melhores restaurantes e cafés, a poucas paradas de ferry do centro e, ao mesmo tempo, de acordar com o sol brilhando na baía e os passarinhos cantando na sua janela (hoje, aliás, vi uma espécie de periquito, só que maior e multicolorido, roxo, vermelho, verde - aqui tem aos montes). Interessante pensar que Balmain era um subúrbio pobre, ha cem anos atrás, e que as terraces, tão charmosas hoje em dia, eram as moradias populares da época. Um jeito de espremer as famílias em dois andares, em sobrados sem jardim, sem terreiro, sem espaço entre vizinhos. Voltando ao passeio: andei até onde deu pela beira da água e acabei dando na Duke Street. Comecei subindo escadas, porque a rua comeca bem íngreme e depois vai suavisando. Depois achei a minha nova terrace preferida, cinza, bem cuidada, linda, linda. Continuei andando, conhecendo todas as casas (muitas com nomes, adoro isso!), até chegar de novo à Darling Street, dessa vez, bem pertinho de casa, na frente do Belgium Beer Cafe. Vocês devem estar querendo me matar pela falta de foto, né? Pois é, eu também! Aliás, como dizem os australianos eu estou "kicking myself"! Logo na saída me arrependi de não ter trazido a máquina, mas vou voltar e tiro fotos de tudo o que eu falei nesse post. Beeeeijos

2 comentários:

Luiza Meyer disse...

ANAAAAAAAAA, estou adorando viajar para a Austrália através dos seus olhos e palavras! Aí fica fácil ter inspiração para escrever!!!!!!!

Aninha disse...

hehehe, que bom, Lois, esse é o meu objetivo, dividir com vocês! Beijos